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Votorantim estima recuo de quase 20% nas vendas em maio

12/06/2018 / Categorias Mercado imobiliário , Mercado de trabalho

A Votorantim Cimentos, líder brasileira na fabricação de cimento e outros materiais de construção, ainda avalia o tamanho da perda de produção nos 11 dias da greve dos caminhoneiros e faz as contas do impacto do tabelamento do frete para seus custos. O setor faz uso intensivo do transporte rodoviário - 96%, na média - e movimenta quase 54 milhões de toneladas ao ano.

"Devido à greve, tivemos uma perda de volume expressiva em maio. Certamente, vai ter impacto na produção anual da empresa", disse Walter Dissinger, presidente da VC ao Valor. Ele estima que as vendas no mês passado sofreram impacto negativo de quase 20%. "Será que isso poderá ser recuperado?", pergunta.

Segundo o executivo, das 27 fábricas da companhia, espalhadas em todas as regiões do país, só três não pararam durante o movimento dos caminhoneiros. "Tivemos falta de coque (insumo importado usado na fabricação do cimento), de diesel e até de bens alimentícios para as refeições dos funcionários", informou.

Dissinger disse que, até sexta-feira, ainda havia um esforço por parte das unidades para normalizar o abastecimento de coque e diesel. "Estão chegando aos poucos. Mais uma semana, provavelmente, para normalizar".

No todo, a movimentação de cargas nas unidades da empresa soma cerca de 5 mil caminhões ao dia, informa a VC. Esse número considera vendas diretas, transferência de produtos entre fábricas e carregamento de produtos de fábricas para centros de distribuição. Não está nessa conta a entrada de insumos e outros itens.

Sobre a questão do frete, o executivo afirmou que ainda é necessário esperar um desfecho das negociações entre caminhoneiros e governo para ter uma visão clara do impacto de custos. "Estamos conversando com nossos parceiros do transporte, buscando entender o impacto em nossos custos. De início, vemos que há aumento expressivo no frete".

Enquanto isso, desde meados de maio, a companhia do grupo Votorantim viu o custo coque de petróleo subir. Como se trata de um insumo importado, com a valorização do dólar frente ao real, aliada à alta da cotação do petróleo no mercado internacional, o preço do produto chegou mais caro - mais de 10% no período.

"O preço do coque vem subindo muito e isso tem sido motivo de preocupação para a competitividade do setor", afirmou o executivo. Hoje, a tonelada está valendo quase US$ 80 a tonelada. Dois a três anos atrás, o insumo era importado a US$ 45.

Dissinger afirmou que o coque tem um peso expressivo no custo de produção do cimento, seguido da energia elétrica. Ante reclamação de aumento de preço da saca do produto por representantes da indústria da construção, grande usuário do cimento, o executivo declarou que seus clientes foram informados sobre alta de custos na indústria.

Ele esclareceu que não é o frete que, no momento, pressiona os custos do setor cimenteiro, como deixou transparecer afirmação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, na sexta-feira.

A VC está entre as dez maiores do mundo, com produção próxima de 30 milhões de toneladas.

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