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MRV deve aprovar hoje seu orçamento para 2018

11/12/2017 / Categorias Mercado imobiliário , Mercado de trabalho

O conselho de administração da MRV Engenharia se reúne hoje para aprovar o orçamento da incorporadora para 2018. Os copresidentes - Rafael Menin e Eduardo Fischer - vão apresentar aos conselheiros planejamento que abrange "um bom crescimento", aumento da produtividade e continuidade da geração de caixa, segundo o fundador da MRV e presidente do conselho, Rubens Menin.

Amanhã, a maior incorporadora do país detalhará a analistas e investidores, durante o MRV Day, como se posicionou nos últimos anos e o que espera para 2018.

"A MRV conseguiu passar por três anos de crise mantendo seus indicadores. A companhia está muito preparada para um crescimento sustentável", disse ao Valoro fundador, ressaltando que a incorporadora acredita nos fundamentos para a produção de habitação para a baixa renda. Menin cita o impacto positivo para o setor da redução da taxa básica de juros Selic para 7%.

"Atuamos em 150 cidades. Somos a única empresa preparada para surfar nesta onda [de crescimento] plenamente", diz o empresário. Com atuação focada no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a MRV tem prospectado, "de forma seletiva", novas cidades para atuação e vai buscar mais produtividade no próximo ano. "Há espaço para as margens crescerem um pouquinho", acrescenta o fundador.

No terceiro trimestre, a MRV ocupou a primeira colocação em receita, lançamentos e vendas líquidas do setor. A parte própria dos lançamentos da companhia mineira, de R$ 1,41 bilhão, correspondeu a 35% do total lançado pelas incorporadoras de capital aberto. Menin não comenta como está o desempenho operacional da MRV neste fim de ano, mas a companhia já divulgou esperar que o quarto trimestre seja o melhor de 2017 em lançamentos e vendas.

Na avaliação do empresário, o programa Minha Casa, Minha Vida terá continuidade mesmo com a mudança do ministro das Cidades. No último dia 22, Alexandre Baldy assumiu a pasta encabeçada, anteriormente, por Bruno Araújo. "O Minha Casa, Minha Vida virou um projeto de estado. Não se pode matar a galinha dos ovos de ouro. O programa tem de ser feito de forma consciente", afirma Menin.

O fundador da MRV ressalta que o programa gera empregos e impostos e promove desenvolvimento econômico e social. "A inadimplência das faixas 2 e 3 do programa habitacional é menor do que a média registrada no crédito imobiliário. Nunca houve denúncia de corrupção substancial nessas faixas", diz Menin.

Sem considerar a faixa 1, o volume ideal estimado pelo empresário para que o Minha Casa, Minha Vida tenha sustentabilidade e seja perene é de 400 mil a 500 mil unidades por ano. Em 2017, o total de contratações do mercado nas faixas 1,5, 2 e 3 do programa deve ultrapassar 300 mil, de acordo com o fundador da MRV.

O empresário disse ainda que espera que a Caixa Econômica Federal consiga adequar seu capital às exigências dos índices de Basileia por meio de mudanças no pagamento de dividendos ao governo e da aprovação do projeto de lei que permite que a troca de dívida com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por bônus perpétuos.

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