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Programa de saques do FGTS vai dar certo, diz presidente da MRV

22/07/2019 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(O Estado de S. Paulo – Economia e Negócios – 20/07/2019)

Circe Bonatelli e Flávia Alemi

O presidente da MRV Engenharia, Rubens Menin, afirmou estar otimista com a revisão da proposta do governo federal para a liberação dos saques de contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “O que eles estão fazendo vai dar certo, ficamos tranquilos, e aprovamos”, disse.

Menin e Ricardo Valadares, acionistas da MRV e Direcional, respectivamente, líderes nas operações do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), estiveram na quinta-feira com o presidente Jair Bolsonaro, acompanhados do presidente do Senado, David Alcolumbre.

Menin disse que a questão do FGTS foi discutida com técnicos e representantes do Ministério da Economia – Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica, e Igor Nogueira Calvet, secretário Especial Adjunto – e negou que Bolsonaro tenha participado da conversa.

“Cumprimentamos o presidente formalmente. Ele chamou os técnicos da Fazenda e nós conversamos com eles. O presidente da República não trata desse tipo de coisa”, explicou, acrescentando que o encontro ocorreu na sequência da cerimônia que marcou os 200 dias do governo Bolsonaro.

Menin contou que a reunião com agentes da pasta durou cerca de uma hora. “Mostramos que as coisas não ficariam de pé se sacassem muito (do FGTS), que tinha de se pensar com muita calma”, apontou. “Estou muito otimista com o que vai ser anunciado.

Eles não vão recuar na autorização dos saques, mas vão fazer isso de um jeito inteligente”, acrescentou. O executivo preferiu não revelar detalhes da medida revisada, sob justificativa de que ainda está sendo detalhada pelo governo.

A pressão da indústria da construção e o prazo curto para a Caixa Econômica Federal preparar o atendimento dos trabalhadores levaram o governo a adiar para a semana que vem o anúncio da liberação das contas do FGTS, o que ocorreria na quinta-feira. A projeção inicial do governo era de liberação de R$ 42 bilhões em saques, mas a equipe econômica refez as contas e diminuiu o valor para cerca de R$ 30 bilhões.

A preocupação de empresários da construção é que os saques do FGTS diminuam a liquidez do fundo, que serve como fonte de recursos para financiar a compra e a construção de imóveis dentro do programa habitacional – que tem sido o principal motor do mercado imobiliário, respondendo por dois terços dos lançamentos e vendas nos últimos dois anos.

Efeito no varejo - A liberação parcial de saques do FGTS estudada pelo Ministério da Economia deve impulsionar vendas de eletrônicos e vestuário, segundo analistas do UBS. Em relatório, o banco usou o ano de 2017 como base para sua projeção, citando os saques das contas inativas do FGTS, autorizados pelo governo do ex-presidente Michel Temer.

De acordo com os analistas, naquele ano, Via Varejo e Magazine Luiza adotaram estratégias comerciais para impulsionar as vendas de eletroeletrônicos, o que foi verificado no terceiro trimestre. Hering e Lojas Renner também atribuíram o aumento das suas vendas no segundo trimestre à liberação do FGTS.

Neste ano, o UBS acredita que ainda mais recursos serão alocados para o consumo, em detrimento do pagamento de dívidas, por conta da confiança do consumidor 12% maior que em 2017 e com o endividamento individual 13% mais baixo.

Além disso, o banco cita que o dinheiro provavelmente será liberado num espaço de tempo espremido, o que pode ter um grande impacto nas campanhas de fim de ano.

“Atenção para estratégias comerciais de curto prazo de Via Varejo, B2W, Mercado Livre, Lojas Renner e Hering”, ressaltou o UBS.

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