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Com imóveis cada vez menores, cresce aluguel de espaços para guardar itens pessoais fora de casa

04/10/2019 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(O Globo – Economia – 04/10/2019)

Pedro Madeira

Não é difícil ver em seriados e filmes americanos pessoas que armazenam objetos pessoais em espaços alugados por empresas. Com apartamentos cada vez menores, esse tipo de negócio, chamado self storage  (armazenamento pessoal, em tradução livre) começa a crescer em grandes cidades brasileiras como o Rio de Janeiro . É como alugar um quartinho da bagunça fora de casa.

A capital fluminense já tem 28 unidades desse tipo em funcionamento, com cerca de sete mil boxes disponíveis, segundo dados da Associação Brasileira de Self Storage (Asbrass). O tamanho dos espaços variam entre 1 e 100 metros quadrados. Na última década, o segmento cresceu 5% ao ano e acumulou R$ 500 milhões em investimentos, segundo a entidade.

Segundo projeção da Asbrass, o mercado deve dobrar no Rio em dez anos. Um impulso para esse tipo de negócio no Rio foi a entrada em vigor, este ano, do Código de Obras da prefeitura, que passou a permitir construções de apartamentos com apenas 25 metros quadrados na cidade. Em 2018, a média dos lançamentos imobiliários da cidade foi de 64 metros quadrados, segundo dados de pesquisa imobiliária do Grupo Zap.

A aposta de quem investe no setor é que o aprofundamento da tendência de apartamentos menores vai naturalmente elevar a demanda por aluguel de espaços para armazenamento de bens pessoais fora de casa.

— As pessoas consomem cada vez mais e moram em áreas cada vez menores. O self storage  está chegando perto das áreas residenciais e serve como um complemento da residência. Serve quando a pessoa for fazer uma obra, por exemplo. Em vez de se desfazer das coisas, pode guardar por um preço flexível. O preço médio dos boxes por metro quadrado é de R$ 80 (por mês)  — disse Rafael Cohen, presidente Asbrass.

Operador de self storage  desde 2013, quando inaugurou uma loja em Botafogo, Rodolfo Delgado, proprietário da Guarde Perto, entrou no negócio depois de uma ida aos Estados Unidos, país que tem o maior mercado do segmento, para estudar o modelo de negócio e trazê-lo ao Rio. Ele conta que 85% de seus clientes são pessoas físicas que estão em busca de um lugar para deixar objetos pessoais, utilizando o espaço em sua loja como um cômodo extra da casa.

— Sabe aquele quartinho de hóspede que você não usa porque ele está cheio de coisa, e aí chega um convidado e você oferece outro quarto, ou o seu próprio? Com o self storage  você elimina esse problema. Nós encorajamos as pessoas a guardarem malas de viagens, artigos esportivos e objetos pessoais que não são de uso diário — diz Delgado.

Segundo o empresário, o espaço de self storage  abre todos os dias da semana ao usuário, que acessa o estabelecimento por meio de um sistema de biometria. Uma vez dentro do estabelecimento, abre seu depósito pessoal com chave, sem a necessidade de autorização de algum funcionário. Isso que garante privacidade de quem aluga o espaço. De acordo com Delgado, o tamanho dos boxes variam de 1 a 30 metros quadrados, com mensalidade a partir de R$ 99.

Em 2014, a aposentada Elizabeth Acerd, de 66 anos, descobriu os self storage   numa viagem aos Estados Unidos. Na volta, ela e o marido, que era funcionários público e já faleceu, precisaram se mudar de Brasília para o Rio. Como o apartamento em que ela mora até hoje era menor que o que eles ocupavam na capital federal, eles optaram por preservar parte da mobília que não coube na casa nova num self storage .

— Saímos de um apartamento de 280 metros quadrados para um de 90 metros quadrados, e não queríamos nos desfazer dos objetos com valor financeiro e sentimental. Guardamos muita obra de arte, tapete e móveis. Ficaríamos por pouco tempo no Rio, mas gostamos e ficamos mais. Meu marido faleceu há dois anos e até agora não mexi mais. Agora estou me desapegando e estou tentando rescindir o contrato, mas neste momento ainda não consegui — conta Elizabeth. 

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