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FGTS deve render mais que poupança com nova distribuição de lucros

08/08/2019 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Globo - Jornal Nacional – 08/08/2019)

A mesma medida provisória do governo federal que ampliou as possibilidades de saque do FGTS também determinou que a caixa repasse todo o lucro do fundo. A mudança deve fazer a aplicação render mais.

O dinheiro extra do FGTS só vai chegar em outubro para o farmacêutico Gilmar de Araújo, mas já tem destino certo: “Estou construindo, vou aproveitar para agregar um pouco na renda para poder construir. Melhora um pouquinho, dá para comprar mais uns bloquinhos”.

A vigilante Paula dos Santos vai deixar o dinheiro rendendo. “O meu vai ficar guardado”.

Este é o terceiro ano que o governo divide parte dos lucros do FGTS com os trabalhadores. Até o 2018 era 50%. A última medida provisória - que liberou os saques do FGTS - aumentou esse percentual para 100%. Agora todo o lucro deve ir para as contas de FGTS do trabalhador.

“Hoje, por ter uma remuneração abaixo da devida, é um recurso que o trabalhador acaba não usando na sua potencialidade total”, afirmou Waldery Rodrigues Júnior, secretário da Fazenda do Ministério da Economia.

Nos últimos 19 anos, o FGTS perdeu para a poupança e até para a inflação.

“Com a regra atual, R$ 100 em 2000, aplicados no FGTS, teriam até uma rentabilidade negativa. Ficaria algo como R$ 72 aproximadamente. Com a regra que estamos propondo esse valor vira para algo como R$ 132, R$ 134, superando inclusive a poupança”, disse o secretário.

Uma boa notícia para quem tem dinheiro para guardar. Mas a maior parte dos brasileiros, segundo os economistas, deve mesmo usar esse valor extra para pagar a dívida.

E ele pode fazer a diferença para muita gente. Mais de um terço das pessoas com dívidas atrasadas precisariam de, no máximo, R$ 500 para zerar essa conta.

Na última vez que o governo autorizou o trabalhador a usar os recursos do FGTS, o pagamento de dívidas foi o principal destino do dinheiro. Decisão certa, diz a economista Juliana Inhasz, professora de economia do Insper.

“As taxas de juros que as dívidas trazem são muito elevadas. Então, certamente deixar esse dinheiro no FGTS vai trazer um rendimento que, óbvio, não é desprezível. Mas é muito, muito menor que a dívida, o crescimento dessa dívida”.

É o que pretende fazer a aposentada Conceição de Matos. Ela vai ao banco esta semana checar o que tem de saldo no FGTS.

“Atrasa as coisas. Paga, mas atrasado. R$ 500 já ajudavam um pouco nas contas de casa”.

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